“Liderança e Satisfação do Indivíduo: O bem estar como marcador de Resultado na Organização”.

Os desafios de mercado, levam por vezes os executivos a moverem seus esforços diante de ameaças externas. Esse mover-se provoca por vezes – na contramão- um ponto cego quanto a importância de uma boa liderança para os resultados da organização.

Haja visto que a promoção do bem estar nas organizações é um poderoso marcador da proficiência, agilidade, resiliência e aumento da produtividade das equipes, um paradigma a ser colocado em cheque na questão proposta, é a visão de que uma liderança focada no bem estar entra em conflito com outros objetivos da organização. Dentre várias intervenções que sugerem ter impacto direto na percepção dos liderados a cargo da satisfação no ambiente de trabalho e nas funções que exercem, o comportamento da liderança é proeminente – comunicação, desenvolvimento e implementação de intervenções direcionadas, cultivo da comunidade do trabalho – são alguns exemplos.

Segundo um estudo realizado pela Mayo Clinic, publicado na ScienceDirect ( uma revista de alto impacto), o engajamento é a antítese positiva do esgotamento, caracterizado por vigor, dedicação e absorção no trabalho e quanto maior a escala de esgotamento de um indivíduo no seu ambiente de trabalho maior a probabilidade de que o profissional reduza seu esforço nos próximos 24 meses.

Ainda fatores como carga de trabalho, flexibilidade/controle sobre o trabalho, integração trabalho-vida, alinhamento de valores individuais e organizacionais são relevantes na construção de indivíduos engajados ou esgotados, o papel do gestor ou líder é “equilibrar os pratos” entre as demandas top down e bottom up, mantendo suas equipes funcionais e engajadas rumo aos resultados esperados.

A eficiência do líder em conhecer os talentos de cada profissional e qual a dimensão do trabalho é mais significativo é o ponto de partida, segundo evidências, que sugerem correlações positivas entre dedicar uma parte do tempo do trabalho a atividades significativas para o profissional e uma redução de burnout.

Nesse cenário, um primeiro aspecto relevante é a escolha certa da liderança, em segundo lugar o treinamento, preparação e desenvolvimento do líder.  Em terceiro lugar e não menos importante a avaliação regular do líder por seus liderados. Veja, existe uma diferença em avaliar um líder apenas por suas metas, aqui, falo de uma avaliação com base no alcance das metas e na forma como o fazem!

Assim, executivos que compartilham dessa responsabilidade e buscam soluções que melhorem o sistema, já perceberam que o esgotamento ou engajamento não é de responsabilidade única do indivíduo, e que apenas buscar “soluções” como  treinamentos e workshops sobre inteligência emocional, mindfulness, gerenciamento de stress, por exemplo, negligenciam aspectos relevantes do próprio sistema organizacional.

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